The Quest Log

Meu companheiro de aventuras.

10/29/2008

Quem é ruim se destrói sozinho

É o que dizem para os maus alunos das escolas de homem bomba suicida. E por falar em homem bomba, hoje eu quero sangue.

Tô puto com o meu professor de prática de conjunto. Mas já sei exatamente como proceder nas próximas aulas.

Em tempo: basicamente, ele mantém uma oficina regular de jazz. Uma oficina onde ele toca bateria, fica repassando o mesmo repertório com os monitores (que já sabem o repertório todo) e não passa ou não ensina nada de novo para quem está começando.
Resultado: a oficina acaba não servido para muita coisa, já que ele não ensina nada que eu não possa aprender em casa sozinho. É apenas uma oportunidade para tocar com outras pessoas, e só. Mas essa foi a última vez que ele fez piada dos meus "improvisos à primeira vista".
Depois de ler Paulo Freire com calma e refletir, dá vontade de parar com a aula dele por ser no mínimo anti-didática. É tudo ao contrário, parece que é só de sacanagem. É uma pena que um músico tão bom seja um professor tão ruim... enfim...

To mais puto ainda com o pessoal que procurou a Unirio para oferecer estágio para nós pobres alunos (por hora, manterei sigilo da identidade das pessoas. Em momento oportuno - leia-se: quando não tiver mais nada a perder - jogo a merda no ventilador.

Explicando: pediram indicações de alunos que mexessem com partitura e entendessem um pouco de Áudio para um estágio de editoração de partituras. Marcaram um encontro com os canditados na segunda de manhã. Não pediram currículo e nem portfólio (que eu levei mesmo assim). Até aí, ok.
Só que, na hora, teve prova relâmpago de Finale e Soundforge (softwares de edição de partitura e audio, respectivamente), tendo que achar instantaneamente erros de orquestração numa gravação. Tudo na lata, sem qualquer aviso nem nada. Eu fui lá achando que ia para uma entrevista ou conversa e nada. Nem quiseram saber de currículo, e muito menos do portfólio. Alias, o interesse se resumia em saber comandos e funções de atalho de software.
Resultado: fiquei sabendo hoje cedo que dos dez candidatos a quatro vagas, somente um foi selecionado por estar "adequado às expectativas". Estão contactando de novo a Unirio atrás de mais gente, com o perfil de um profissional de Finale que aceite ser pago como estagiário. Aham, vão nessa mesmo que é a boa...
Pelo resultado deu pra sacar que nego não quer perder tempo treinando ninguém. Querem alguém craque em software pra encher de trabalho. Conseguiram um ao menos, e dos bons. Espero que não seja um estágio-roubada pro nosso colega de faculdade que, verdade seja dita, manda muito bem nesses programas.

Já tem professor da casa chateado com o tratamento dispensado aos alunos. Eu ainda to pensando se o esquema de admissão foi feito nas coxas ou se foi antiético mesmo.

Mas, enfim, deixa que quem é ruim se destrói sozinho.

P.S.: Ao menos recebi elogios pelo meu novo visual de cabelo cortado. Pelo menos uma dentro tinha que rolar.

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10/27/2008

Vitória Moral

Copiado na cara dura do blog do Noblat, via LLL:

Uma eventual vitória de Fernando Gabeira para prefeito do Rio de Janeiro quebrará sólidos paradigmas que orientam as campanhas eleitorais desde os tempos idos.

De frente para trás: neste momento, as regiões mais densamente habitadas da cidade, principalmente as zonas norte e oeste, estão coalhadas de cabos eleitorais de Eduardo Paes, candidato do PMDB.

Onde a vigilância da Justiça Eleitoral é frouxa (quer dizer: na maioria dos lugares), faz-se boca de urna - embora ela seja proibida. Onde há vigilância, distribue-se bandeirinhas de plástico.

A campanha de Gabeira, por orientação dele, descartou o uso de cabos eleitorais no dia da eleição. Falta material de propaganda. Gabeira levou ao pé-da-letra a promessa de não sujar a cidade.

Na manhã de ontem, atrás de cartazes, dezenas de pessoas invadiram o comitê central da campanha de Gabeira na avenida Rio Branco. Os únicos que havia estavam colados nas paredes. Foram arrancados.

Paes torturou-se ensaindo para os oito debates que travou com Gabeira no segundo turno. Aluno aplicado, memorizou estatísticas, preparou perguntas capciosas e bolou respostas para tudo.

Gabeira não perdeu muito tempo se preparando para os debates. No dia do último e mais importante, o da TV Globo, passou duas horas trocando figurinhas com seus assessores - sem deixar de atender o celular.

Em uma eleição renhida, candidato bate e apanha. Gabeira só apanhou - e apanhou bastante. Prometera não atacar o adversário - e cumpriu a promessa.

Dá para ganhar eleição em uma grande cidade sem gastar muito? Gabeira apostou que sim. Aceitou doações - desde que pudesse revelar na internet o nome dos doadores e quanto cada um deu.

A mais chulé das campanhas conta com a ajuda de um marqueteiro. Gabeiro foi o marqueteiro de sua campanha. Ninguém escreveu o que ele devia dizer no rádio e na televisão - nem ele mesmo. Improvisava.

Enfrentou o candidato do presidente da República, do governador do Estado e da Igreja Universal amparado por um PSDB que no Rio é raquítico, e por um DEM que não ousa dizer o nome.

Um candidato assim pode se eleger?

Com a palavra os cariocas.


Pode. Nem que seja daqui a quatro ou oito anos.

10/26/2008

Neuromancer

Comecei a ler Neuromancer, após afanar o exemplar do meu irmão por um certo tempo. Não, não deu pra ler tudo, mas ele prometeu me dar o livro assim que acabar de ler. Aham, sei. Vamos esperar para ver.

Empréstimo comigo não rola. Por que? Simples: tenho o hábito de rabiscar todos os meus livros lidos. Coisas que eu acho interessantes, frases de efeito, parágrafos legais, comentários, etc. - se tiver desenho ou mapinha eu desenho também. Como a maioria dos meus amigos é tremendamende zelosa para com a integridade fisica de seus livros, uma leve marca de lápis em alguma página pode ser motivo de drama, tragédia e comédia.

Enfim...

Como andei gastando grana com outros livros mais importantes neste momento, por hora fico sem o meu Neuromancer.

Mas, voltando ao livro.

Pra quem não conhece, é um desses livros que ajudou a criar a ficção científica de hoje. Sabe Matrix? É tudo chupado dali. Tudinho. Eis o livro que criou o conceito de Cyberpunk muito antes de existir a internet. Pois é, pessoas interligadas em rede é um conceito mais antigo do que parece.

Basicamente, é a história de um puta hacker que faz uma merda e tem sua capacidade de conectar na rede (chamada de Matriz, no livro - por que será?) removida bioquimicamente. Ele é localizado, recrutado e reabilitado por pessoas misteriosas para um importante trabalho, e o resto da história eu não conto.

A leitura tem um ritmo rápido pra caralho, mas a quantidade de gírias e termos cyberpunk que o autor cria podem dificultar um pouco a leitura para os menos nerds. Como não é o meu caso, fui embora lendo o que podia antes de ter a obra confiscada.

(nota mental: nunca mais dar sugestões de leitura de graça =P)

Aliás, me identifiquei tremendamente com o personagem do livro. Preciso tomar remedinhos para não surtar, sou viciado em internet e dependente de algumas drogas legalizadas e socialmente aceitas (cofcafeínacofcof). Tenho um amigo com um aparelho auditivo com bluetooth que faz ele parecer um ciborgue e um irmão especialista em programação e construção de hardware. Alem disso, passo minhas horas vagas conectado numa realidade virtual chamada WoW.

Taí, tenho talento e estilo para escolher meus vícios.

P.S.: Neuromancer na verdade é uma trilogia. Não to lembrando agora os nomes dos outros dois livros que fecham a obra.
P.P.S.: Falar mal do meu irmão é monopólio controlado por mim. O que significa que há consequencias para praticantes não autorizados deste esporte.

Reset

Porque a vida segue, os cães ladram, a caravana passa, o mundo gira e a fila anda.

Fui apagando um por um os posts antigos. Tinha coisas de 2005, mas coisas que passaram, e que vieram do pó e ao pó devem retornar.

Li rapidamente as coisas que eu escrevi desde então. Bem rapidamente, quase como um flasback rápido de quem ve a vida toda diante dos olhos em um único instante. Fui lendo, lembrando, sumindo com os arguivos do Blogger e jogando pros arquivos da memória e do coração. É lá que é o lugar destes posts agora. Acabou uma etapa da aventura da vida, começo outra. Fechar o diário de bordo todo escrito e começar outro.

(putz, como eu era chato. Espero ter melhorado nesse aspecto. >.<)

Aos que me acompanham, sejam bem vidos.

Aos necrófilos e necromantes de plantão, existe o cache do Google. Não que haja algo realmente digno de ser desenterrado na minha opinião. Exceto um post, que curiosamente fala sobre a morte de uma pessoa querida.

Mas enfim, bola pra frente.